("FUMUS BONI JÚRIS")

sábado, 5 de setembro de 2015

Lidando com a decepção na igreja.

“Ninguém me apoiou.”
“Eu não era importante para ninguém.”

“Você não estava nem aí.”
Essas são algumas das coisas mais difíceis que um pastor pode ouvir de sua congregação, estejam elas se referindo diretamente a ele ou não. Essas situações também são algumas das mais agressivas que um membro pode acusar a igreja e, sem dúvida, das mais doloridas que um membro da igreja pode sentir. Mesmo assim, esses sentimentos acontecem, e esses pensamentos são verbalizados, muito freqüentemente na vida da igreja.
É fácil imaginar o que leva as pessoas a não sentirem amadas.
Um pastor que não visita uma família que perdeu de forma trágica uma filha em um acidente de carro.
Um casal visita igreja por seis meses. Eles nunca são convidados para almoçar na casa do pastor. Então começam a procurar por outra igreja.
Um visitante um membro ou até um pastor auxiliar, se sente invisível .
Ninguém se esforça para conhecê-lo. Após alguns meses saindo rapidamente da igreja após o culto para não ficar lá isolado, ele desiste da sua igreja, e talvez de qualquer igreja.
Uma das famílias mais tradicionais da igreja começa a faltar alguns cultos. Eventualmente, eles não aparecem mais. Quando você finalmente nota, já faz uns seis meses que eles sumiram. Quando você telefona para saber o que aconteceu, já é tarde demais.
Um membro de qualquer posição na igreja, percebe que não foi convidado para o estudo bíblico por varias vezes . Ele não sabe o porquê ao certo, mas imagina que tem algo a ver com seu passado, ou é próprio da igreja formar grupinhos. Após um ano se sentindo isolado, sua família deixa a igreja por causa de seus grupos fechados.
Existem muito mais situações desse tipo, todas muito doloridas, para as ovelhas e para os pastores. Como devem responder então os membros da igreja quando eles não se sentem amados, apoiados, ou se sentem como estrangeiros em sua própria igreja? E como devem responder os líderes da igreja quando são criticados por não se preocuparem com os membros ou a igreja falha por não ser muito amável?
A resposta mais fácil é assumir que o outro lado está sempre errado. Eu me senti assim várias vezes e já conversei com cristãos (não necessariamente os da igreja onde congregava) que mantém uma extensa lista de mágoas com a sua igreja. Eles nunca consideram que talvez sejam mais do que apenas vítimas indefesas. Eles, nós, talvez sejamos parte do problema. Por outro lado, eu já estive em reuniões de pastores onde a grande afirmação por trás das conversas, piadas e reclamações é que eles têm servido fielmente, mas a igreja simplesmente não percebe.
Os dois lados seriam mais bem servidos se questionassem alguns pontos antes de baterem o pé e tirarem conclusões precipitadas.
Pastores e líderes, na próxima vez que forem criticados por não serem amáveis ou cuidadosos, se perguntem:
1. Nós temos algum mecanismo para conhecer pessoalmente nossas ovelhas? Como líderes, nós prestaremos contas pela forma como cuidamos das almas das outras pessoas (Hebreus 13.7). A Bíblia não ordena apenas uma forma única de cuidar da membresia, nós devemos trabalhar para ter algum processo que funcione. Se nunca perguntarmos “como a congregação está?”, ou ainda melhor, “como você, meu irmão, está?”, não podemos ficar surpresos ao acharmos muitas pessoas desapontadas.
2. Nós temos alguma forma de descobrir quando as pessoas não estão freqüentando culto? Você pode dar uma olhada, perguntar para os amigos ou se informar na recepção, mas nós precisamos ter uma idéia geral de quem não está sendo fiel à membresia do culto. No Livro de Ordem da Igreja deve estipular que sempre falemos sobre isso nas reuniões do conselho de líderes. O primeiro passo para descobrir quem está sumido é começar a procurar e começar a falar sobre isso. Telefonar, se preocupar e orar em favor, visitar...
3. Estamos confrontando os grupos fechados nas nossas igrejas? A linha que separa uma comunidade de uma elite é tênue. Mas se há uma diferença central, é a abertura. Uma comunidade saudável recebe bem as pessoas novas. Uma elite procura formas de manter as pessoas novas do lado de fora. Pastores precisam confrontar o problema dos círculos fechados de forma direta na pregação, nas decisões da igreja, e nas conversas pessoais. Os líderes também deve se assegurar de não estarem em grupos fechados. É bom ter bons amigos. Mas os amigos que excluem todos os outros são muito ruins. As redes sociais as quais as igrejas se envolve, se apresenta na mídia deve ser aberta para que todos possam tomar conhecimento do evangelho genuíno, das atividades da igreja e não serem fechados. "Grupo Fechado"...
Corregido e Adaptado
Pr. Sebastião Fernandes é Teólogo, Prof. de Direito Penal
Ph.d - D.d em Teologia - Filos...Juiz Eclesiástico, Capelão Evangêlico, escritor, delegado cultural do Estado do Rio de Janeiro, entre outros...
(Kevin DeYoung)

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